Quando o narcisismo sequestra a escuta analítica / Cuando el narcisismo secuestra la escucha analítica / When the narcissism kidnapping the analytical listening

Buscamos, através deste texto, pensar alguns dos (des)caminhos trilhados pelo analista, em sua formação, para a construção de uma escuta analítica. Enfocamos alguns obstáculos que podem surgir nesta trajetória, quando aspectos do narcisismo deste analista estão insuficientemente trabalhados, interferindo na relação com seus analisandos. Por fim, destacamos algumas possibilidades para tentar dar conta destas questões na clínica.(AU)

Buscamos, a través de este texto, pensar algunos de los caminos tomados por el analista, en su formación para la construcción de una escucha analítica. Destacamos los principales obstáculos que pueden surgir de esta manera, cuando los aspectos del narcisismo del analista están mal trabajados, interfiriendo en la relación com sus analizandos. Destacamos algunas de las posibilidades para dar cuenta de estas cuestiones en la clínica.(AU)

This article aims to think some of the paths taken by the analyst, in his training for the construction of an analytic listening. The focus is the main obstacles that can arise in this way, when aspects of the analyst’ narcissism are poorly worked, interfering in the relationship with his patient. We introduce some possibilities to account for these issues at the clinic.(AU)

Da (in)formação à (trans)formação do psicoterapeuta / (In)formation and (trans)formation of the psychotherapist

Este trabalho tem como objetivo pensar a Formação em Psicoterapia como processo de transformação dos alunos, mais do que simplesmente a aquisição de conhecimento teórico. Todo o processo vivenciado em um curso de formação proporciona uma modificação na identidade como pessoa e como profissional e um crescimento qualitativo da capacidade na clínica. Busca compreender os significados de fazer parte de uma instituição que se dedica à formação. Entre eles, ela se oferece – além da aprendizagem do ofício de psicoterapeuta – como: uma condição de pertencimento a um grupo; um lugar de maior atividade, comparada à clínica; um espaço para compartilhar as experiências vividas; e um “respiradouro” onde se elaboram as emoções da difícil e delicada atividade psicoterápica(AU)

This paper aims to consider the training in psychotherapy as a process of transformation of students, more than simply the acquisition of theoretical knowledge. The whole process experienced in a training course provides changes in one’s identity both as person and professional, and a qualitative growth in the ability to work with clinic. It intends to understand the meanings of being part of an institution that is dedicated to training. Besides the opportunity to learn about a therapist job, an institution offers the possibility of belonging to a group, a space to share life experiences and a place to ‘breath’ and work through the emotions of a hard and delicate profession – a psychotherapist(AU)

Por que escrever a clínica? / Why to write the clinic?

Este artigo tem como objetivo apresentar as motivações pelas quais se escreve a clínica, ou seja, examinar as motivações externas e internas para que os profissionais envolvidos na atividade clínica – psicoterapeutas de orientação psicanalítica – dediquem-se à escrita de trabalhos científicos, do relato de casos clínicos e de sessões para a supervisão. Tomando como base uma citação de Lamanno-Adamo, desenvolve as diversas funções que o escrever cumpre na formação dos psicoterapeutas e em seu mundo interno(AU)

The aim of this paper is to present the motivation behind the will of writing clinical experiences by examining external and internal motivations that lead the professionals, involved in clinical activity (Psychoanalytical Psychotherapy), to write scientific papers, clinical and supervision sessions. Based on Lamanno-Adamo's concept, developed the multiple functions that writing attends in psychoterapitst's training and his inner world(AU)

"A dor física é mais fácil de suportar do que a dor que sinto aqui dentro": a psicoterapia de apoio como uma possibilidade de suporte / “Physical pain is easier to endure than the pain I feel inside”: supportive psychotherapy as a possibility of aid

Este artigo tem como objetivo apresentar a psicoterapia de apoio como modalidade de intervenção psicoterápica mais indicada para pessoas com intenso sofrimento psíquico, mas com algumas limitações em suas condições egóicas, seja pela ocorrência de situações traumáticas recentes, seja por um desenvolvimento já prejudicado desde a infância. É uma técnica que se utilizará especialmente de intervenções suportivas e manterá o foco na realidade presente do paciente, sem estimular a regressão e a transferência

This paper aims to present the supportive psychotherapy as the most suitable psychotherapeutic intervention in people with intense mental suffering,although with some limitations in their ego conditions, either due to theoccurrence of recent traumatic situations, or through an already damaged development from childhood. It is a technique that makes special use of supportive interventions and keeps the focus on the patient’s present reality,without stimulating regression or transference

"A dor física é mais fácil de suportar do que a dor que sinto aqui dentro": a psicoterapia de apoio como uma possibilidade de suporte / “Physical pain is easier to endure than the pain I feel inside”: supportive psychotherapy as a possibility of aid

Este artigo tem como objetivo apresentar a psicoterapia de apoio como modalidade de intervenção psicoterápica mais indicada para pessoas com intenso sofrimento psíquico, mas com algumas limitações em suas condições egóicas, seja pela ocorrência de situações traumáticas recentes, seja por um desenvolvimento já prejudicado desde a infância. É uma técnica que se utilizará especialmente de intervenções suportivas e manterá o foco na realidade presente do paciente, sem estimular a regressão e a transferência.

This paper aims to present the supportive psychotherapy as the most suitable psychotherapeutic intervention in people with intense mental suffering,although with some limitations in their ego conditions, either due to the occurrence of recent traumatic situations, or through an already damaged development from childhood. It is a technique that makes special use of supportive interventions and keeps the focus on the patient’s present reality,without stimulating regression or transference.

Psicanalisar e escrever: sobre uma dicotomia que não precisaria existir / To psychoanalyse and write: on the dicotomy that doesn't need to exist

Este trabalho apresenta uma reflexão sobre as semelhanças entre a atividade psicanalítica de tratar um paciente e a de escrever a clínica, apontando para os objetivos tão próximos entre um processo e outro. Apesar desta proximidade, psicoterapeutas e psicanalistasparecem adotar atitudes diferentes no encontro com o paciente no setting e o encontro com a folha de papel em branco, no momento de escrever um trabalho científico. Com o objetivo de desfazer esta dissociação entre uma postura mais livre com o paciente e uma atitudemais presa, mais engessada no escrever, proponho pensarmos numa escrita mais livre e flutuante - de acordo com a indicação de Freud sobre uma 'atenção livre e flutuante' - que nos leve a viver o processo de escrita de modo mais prazeroso e a um texto com maior qualidade em termos de apresentação do conteúdo e com possibilidade de firmar nossa posição como autores

Sobre a (in)existência de prazer na produção de escrita científica em psicanálise / On the [non-]existence of pleasure in the production of scientific writing in psychoanalysis

Este trabalho tem como objetivo fazer e provocar uma reflexão acerca das motivações inconscientes que engendram a produção escrita. A partir do depoimento de alunos de um Curso de Especialização em Psicoterapia Psicanalítica, pudemos constatar que a realização de trabalhos científicos vem sempre acompanhada de sentimentos em geral desprazerosos. Na tentativa de mudar esta qualidade mais negativa do exercício da escrita, buscamos a compreensão deste aspecto no exame do inconsciente – lugar em que estão instaladas tanto a matéria prima para a produção escrita, como os impeditivos para que tal atividade seja exercida com mais prazer(AU)

Sobre a (in)existência de prazer na produção de escrita científica em psicanálise / On the [non-]existence of pleasure in the production of scientific writing in psychoanalysis

Este trabalho tem como objetivo fazer e provocar uma reflexão acerca das motivações inconscientes que engendram a produção escrita. A partir do depoimento de alunos de um Curso de Especialização em Psicoterapia Psicanalítica, pudemos constatar que a realização de trabalhos científicos vem sempre acompanhada de sentimentos em geral desprazerosos. Na tentativa de mudar esta qualidade mais negativa do exercício da escrita, buscamos a compreensão deste aspecto no exame do inconsciente – lugar em que estão instaladas tanto a matéria prima para a produção escrita, como os impeditivos para que tal atividade seja exercida com mais prazer

Vivenciar, escrever e elaborar a clínica: sobre uma função da escrita científica / Experiencing, writing and working through the clinic: on a role of scientific writing

Este trabalho tem o objetivo de apresentar uma das funções exercidas no psiquismo através da escrita: a elaboração das angústias despertadas na prática clínica. Quando a vivência com o paciente torna-se penosa, pesada e não encontra possibilidade de assimilação somente pelo 'pensar' esta experiência, a escrita surge como um recurso disponível e do qual se pode lançar mão, para lograr um domínio sobre aquilo que mobilizou, a ponto de elaborar o conteúdo psíquico que foi desacomodado (AU)

Vivenciar, escrever e elaborar a clínica: sobre uma função da escrita científica / Experiencing, writing and working through the clinic: on a role of scientific writing

Este trabalho tem o objetivo de apresentar uma das funções exercidas no psiquismo através da escrita: a elaboração das angústias despertadas na prática clínica. Quando a vivência com o paciente torna-se penosa, pesada e não encontra possibilidade de assimilação somente pelo "pensar" esta experiência, a escrita surge como um recurso disponível e do qual se pode lançar mão, para lograr um domínio sobre aquilo que mobilizou, a ponto de elaborar o conteúdo psíquico que foi desacomodado.

Porque escrevo? sobre as motivações para a escrita literária / Why do I write? about the reasons for literary writing

De uma vasta coleção de entrevistas prestadas por 103 escritores nacionais e internacionais a veículos de comunicação, reunidas em livro por Brito (1999), buscamos, através de análise de conteúdo, compreender os motivos atribuídos pelos escritores para esta atividade, a escrita literária; assim o fizemos com o intuito de nos aproximarmos da compreensão de motivos conscientes e inconscientes atribuídos ao exercício sistemático da escrita nas diversas áreas do conhecimento. Buscamos na psicanálise, através do próprio Freud e de autores contemporâneos, a base teórica para compreender o conteúdo trazido pelos diversos escritores que se dispuseram a pensar sobre o seu processo de escrever. Da multiplicidade de motivos para o escrever pudemos detectar. Alguns muitos particulares, outros mais universais, mas a noção de que esta atividade está investida de significados que são da ordem do psicológico, resultou da análise

Porque escrevo? sobre as motivações para a escrita literária / Why do I write? about the reasons for literary writing

De uma vasta coleção de entrevistas prestadas por 103 escritores nacionais e internacionais a veículos de comunicação, reunidas em livro por Brito (1999), buscamos, através de análise de conteúdo, compreender os motivos atribuídos pelos escritores para esta atividade, a escrita literária; assim o fizemos com o intuito de nos aproximarmos da compreensão de motivos conscientes e inconscientes atribuídos ao exercício sistemático da escrita nas diversas áreas do conhecimento. Buscamos na psicanálise, através do próprio Freud e de autores contemporâneos, a base teórica para compreender o conteúdo trazido pelos diversos escritores que se dispuseram a pensar sobre o seu processo de escrever. Da multiplicidade de motivos para o escrever pudemos detectar. Alguns muitos particulares, outros mais universais, mas a noção de que esta atividade está investida de significados que são da ordem do psicológico, resultou da análise (AU)

Sobre a vivência (ou não) do luto na contemporaneidade

Este trabalho apresenta reflexões acerca da vivência do luto na contemporaneidade, com o objetivo de fazer pensar, e questionar a forma como se está enfrentando a realidade da morte e da perda. O que se observa é que os penosos sentimentos de elaboração do luto cedem lugar para uma rápida e ilusória resolução da perda, uma vez que as relações amorosas de nossa época tendem a seguir um padrão de instantaneidade apresentados na relação com as mercadorias, sejam elas alimentos, computadores, informação. O individualismo e a superficialidade são atributos valorizados por uma sociedade pautada no consumo intenso de produtos, em que a alta tecnologia edita valores...(AU)

Pra onde vai o sol quando a noite cai? narcisismo e elaboração de luto / Where the sun goes to when the night falls? narcissism and grief's working through

O objetivo deste estudo é compreender dinamicamente o processo de elaboração do luto em pacientes com uma estrutura de defesas do tipo narcísica. Foi utilizado um referencial psicanalítico e a apresentação de um caso clínico, para examinar com profundidade a questão de como é possível renunciar a um arsenal de defesas narcísicas para processar o trabalho de luto por uma perssa sofrida.

"Pra onde vai o sol quando a noite cai?" narcisismo e elaboração de luto / "Where the sun goes to when the night falls?" narcissism and grief's working through

O objetivo deste estudo é compreender dinamicamente o processo de elaboração do luto em pacientes com uma estrutura de defesas do tipo narcísica. Foi utilizado um referencial psicanalítico e a apresentação de um caso clínico, para examinar com profundidade a questão de como é possível renunciar a um arsenal de defesas narcísicas para processar o trabalho de luto por uma perssa sofrida(AU)